quarta-feira, 19 de maio de 2010

do que eu já não quero mais saber

"As cartas continuam queimando. Eu tentei pensar em Deus. Mas Deus morreu faz muito tempo. Talvez se tenha ido junto com o sol, com o calor. Pensei que talvez o sol, o calor e Deus pudessem voltar de repente, no momento exato em que a última chama se desfizer e alguém esboçar o primeiro gesto. Mas eles não voltarão. Seria bonito, e as coisas bonitas já não acontecem mais."


ABREU, Caio Fernando. Holocausto.


Finalmente acabou. A sensação de que tudo foi deixado pra trás, e que já faz muito tempo, finalmente existe, e não há o que mude. 
Se eu tivesse acabado com isso antes, a dor teria sido menor. 
Se eu não tivesse colocado um ponto final na agonia, eu não saberia o que é estar bem.
Se...se eu não tivesse nascido, nem agonia teria existido - eu odeio subjuntivos. Talvez nesse ponto a gente concorde...será?


Vai, segue seu caminho. Sozinho como sempre. Ou cultivando a mentira de suportar tudo nas costas que você(s) pensa(m) ser verdade. O meu está se fazendo, cada dia com mais promessas pro próximo, cada um com mais promessas pro outro. E a sensação de estar encontrando construindo o melhor caminho, o mais feliz. 
Você não sabe o que é felicidade, não sabe o que é paz. Não sabe simplesfazer as coisas, não sabe nem mesmo se virar. Não sabe ser menos idiota, nem se adaptar. E eu uso toda a sua idiotice que sempre zombou da minha alegria para zombar de você, hoje; você é um exemplo clássico da alienação, da falta de pensamento, um dos motivos da minha desacreditância no homem. Mas sabe porque eu nunca te disse isso? 
Se não há em você a capacidade de pensar assim, não há o que eu diga que te faça pensar diferente.

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